JUP – Jornal da Academia do Porto
Edição de Janeiro de 2011
Directora: Aline Flor. Director de Fotografia: Miguel Lopes Rodrigues. Diretora de Paginação: Mariana Teixeira.
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Editorial
O JUP não morreu
Ouço dizer que o JUP morreu. -Mas morreu porquê? -Ah, porque já não é como antes. -E como é agora?
A caminho dos 24 anos, o JUP continua a ser o mesmo de sempre: espaço de investigação, denúncia, divulgação, comentário, crítica, tudo e mais alguma coisa.
O JUP é um jornal de estudantes para estudantes. Tal como a televisão é aquilo que fazemos dela, este é o resultado daquilo que os estudantes fazem dele. O JUP é aquilo que queremos ver nele.
A cada edição, continuamos a ver pessoas sem rosto, sem vontade nem opinião, que sentadas calmamente continuam a ignorar-nos e deixam-se entorpecer pelo que as devia incomodar, sem levantar-se para sacudir a poeira e fazer ouvir a sua voz.
A verdade é que usamos muito mal a nossa liberdade, como aquela que conseguimos há 100 anos atrás. Usamo-la, por exemplo, para eleger os mesmos nos tiram de cena quando subimos ao palco para reclamar os nossos direitos. São tão poucos os que reagem, e tantos os que nem sequer reparam.
O JUP deste mês – o primeiro deste ano – inaugura uma nova época. Depois de uma renovação que ainda não terminou, estamos prontos para voltar a receber os que dão a cara, a voz e a opinião, para continuar a fazer jornalismo “amador na profissão, profissional na acção”: que investiga, denuncia, divulga, comenta, critica, tudo e mais alguma coisa.
O JUP não está morto. Se ele é o que queremos ver nele, então eu quero que ele seja forte, determinado, pertinente e, sim, mais vivo do que nunca.
Porque sou eu, tu e todos os estudantes que podemos fazer isso acontecer.
As portas estão abertas e as páginas por preencher!