Porto24 – Caetano Veloso e Maria Gadú: Mistura perfeita trouxe o Brasil para o Porto

Caetano Veloso e Maria Gadú: Mistura perfeita trouxe o Brasil para o Porto

21:58 – 06.11.2011
Reportagem multimédia

Com encontro marcado para o Pavilhão Rosa Mota, no Porto, na noite de sábado, Caetano Veloso garantiu o público fiel e Maria Gadú trouxe ainda mais brilho com a sua voz de veludo. Cantando, mandou-se o frio embora.

Texto integral (com fotogaleria)

Robert Morris @ Serralves

JPN – Serralves: Fazer parte da arte de Robert Morris

Serralves: Fazer parte da arte de Robert Morris

Por Aline Flor – lcc08061@letras.up.pt
Publicado: 22.07.2011 | 11:36 
Arte , Cultura , Exposição , Porto , Serralves

Robert Morris @ Serralves

“Filmes, Vídeos, Bodyspacemotionthings” é a experiência de arte com que Serralves presenteia o seu púbico. Esculturas interactivas e projecções que mostram as reflexões de Morris sobre a relação da arte com o espectador.

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JPN – Bodyspace.net: Música com liberdade total

Bodyspace.net: Música com liberdade total

Por Aline Flor – jpn@icicom.up.pt
Publicado: 08.02.2011 | 16:29 (GMT)
Marcadores: Cultura , Música , Porto

Mantendo vivo o espírito de webzine de música independente, o Bodyspace.net tem sobrevivido ao longo dos últimos nove anos, ganhando um lugar como referência do género musical.

O Bodyspace.net nasceu, em bom rigor, em Sardoal, fruto do esforço de Tiago e Pedro Gonçalves. André Gomes, actual editor do portal, “não estava lá quando isso aconteceu”, mas aceitou contar-nos a história e falar do Bodyspace de hoje.

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JPN – A “odisseia” do Teatro Nacional São João para 2011

A “odisseia” do Teatro Nacional São João para 2011

Por Aline Flor – jpn@icicom.up.pt
Publicado: 12.01.2011 | 18:45 (GMT)
Marcadores: Cultura , Porto , TNSJ

O Teatro Nacional São João anunciou a programação para os primeiros meses de 2011. O teatro europeu assume lugar de destaque.

Nuno Carinhas, director artístico do Teatro Nacional São João (TNSJ), trouxe, esta terça-feira, luzes à continuação da temporada que se iniciou em Setembro. Entre algumas produções já anunciadaspara o início do ano, algumas novidades: O TNSJ inaugura a parceria com Serralves com a iniciativa “Mariana Silva no TNSJ”, integrada na exposição “Às Artes, Cidadãos!”, onde a intersecção entre a arte e a intervenção política são mostradas através das peças da autora Mariana Silva, realizadas em 1983.

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Crítica – Se Isto É um Homem, Primo Levi

Se isto é um homem é frio e chocante. Primo Levi conta a sua experiência durante os dez meses que passou em Auschwitz, no Lager. O prisioneiro 174 517 conta como, a cada ação do dia-a-dia no campo de trabalhos forçados, todos perdem a sua identidade, a sua civilidade e a sua própria humanidade. Com uma narrativa despretensiosa, realista, explica em cada capítulo uma parte da dignidade que se vai: do descuido com a higiene ao primeiro furto, passando pela indiferença em relação aos colegas que morrem, por doença ou extermínio.
Se isto é um homem conta, passo a passo, os dias de luta pela sobrevivência. À fome e à dureza dos trabalhos junta-se a fome de espírito, que transforma todos os homens em animais primitivos. No local onde cada um é um número, não é só o nome que se perde da identidade. Com ele vão todos os valores e toda a ética. Tal como um ensaio sobre a cegueira, este livro é um ensaio sobre a natureza humana.
Se isto é um homem começa com o dia em que judeus italianos são avisados que deverão partir das suas casas. A narrativa emociona logo à partida, com o descrever da última noite em liberdade. A desumanidade do tratamento, a crueza da recepção no novo “lar”, a exploração no trabalho (porque o trabalho liberta) e o impacto de todo um novo código de valores (i)morais torna obrigatória uma reflexão sobre o que é um homem, incapaz de manter a civilização num ambiente onde não existem leis. Os mais fortes impõe-se pela lei da força, mas são os fortes de espírito que, mantendo a dignidade, sobrepõem-se aos restantes pelo auto-domínio. Os restantes deixam-se, simplesmente, morrer.
Se isto é um homem é um abrir de olhos para quem vê o holocausto como uma ação isolada no tempo, porque a possível loucura está em todos nós. A vida no Lager é descrita sem exageros e também sem eufemismos. Numa linguagem simples, objectiva, Primo Levi apresenta-nos os cantos da Buna, os hábitos dos colegas, as artimanhas que cada um faz para sobreviver, as coisas pequenas mas nobres de um ou outro para, também, manter-se vivo. “Sucumbir ou salvar-se”.
E tentar não esquecer o que é ser um homem.