Público – As jovens das comunidades afectadas pela mutilação genital feminina estão a tomar a palavra

As jovens das comunidades afectadas pela mutilação genital feminina estão a tomar a palavra

15 de Julho de 2020 por Aline Flor

“Tentar mudar uma cultura é um trabalho difícil”, mas um grupo de raparigas de vários países europeus quer contribuir para que a mutilação genital feminina deixe de fazer parte da tradição. Esta quarta-feira, é apresentado em Portugal o “Manifesto de envolvimento de jovens”.

Ser jovem imigrante na Europa traz conflitos difíceis de resolver. Há uma certa “ambiguidade” por pertencer simultaneamente a comunidades distintas. No caso das jovens das comunidades afectadas pela mutilação genital feminina (MGF), em particular, o conflito é mais delicado: por um lado, nasceram em comunidades onde o corte genital ainda é uma realidade; por outro, cresceram em países onde se condena (e criminaliza) a prática, que muitas delas também passam a rejeitar. Como encontrar o equilíbrio sem arrancar raízes?

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Este trabalho foi reconhecido com um Prémio Os Direitos da Criança em Notícia 2021, na categoria Imprensa (ex-aequo com Vânia Maia, da revista Visão). Atribuído pelo Fórum sobre os Direitos das Crianças e dos Jovens.

O prémio foi atribuído a um conjunto de trabalhos sobre mutilação genital feminina em Portugal publicados no Público em Julho e Novembro de 2020: As jovens das comunidades afectadas pela mutilação genital feminina estão a tomar a palavra; Mutilação genital feminina julgada em Portugal pela primeira vez​; Como chegar às vítimas de mutilação genital? Criando uma rede para cuidar de meninas e mulheres.

Público – O período não tem de ser tabu, mesmo para os rapazes que menstruam

O período não tem de ser tabu, mesmo para os rapazes que menstruam

10 de Julho de 2020 por Aline Flor

Para os adolescentes transgénero, a entrada na puberdade pode ser um momento muito doloroso. Esta semana, em conversas no Twitter sobre “pessoas que menstruam”, várias vozes questionaram a expressão.

Pedro recorda-se do zum zum gerado por uma campanha de recolha de produtos menstruais na sua faculdade. O Colectivo Feminista de Letras decidiu colocar os tampões e pensos higiénicos recolhidos não apenas na casa de banho feminina, mas também na masculina. Houve pessoas que estranharam, mas nas conversas começou-se a “fazer o clique”: os colegas transgénero também poderiam precisar desses produtos.

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Público – “As restrições menstruais atingem todos os aspectos da vida das nepalesas”

Radha Paudel: “As restrições menstruais atingem todos os aspectos da vida das nepalesas”

15 de Abril de 2018 por Aline Flor

Em algumas regiões do Nepal, a segregação das mulheres durante a menstruação assume os contornos da chhaupadi, um ritual que passará a ser crime em Agosto deste ano. A activista Radha Paudel fala sobre o peso desta prática no caminho para a igualdade. “Não é fácil quebrar esta tradição que existe há séculos”.

Radha Paudel trabalha para desmistificar “rumores e ideias erradas” sobre a menstruação. No Nepal, em particular nas regiões remotas ocidentais, persiste a chhaupadi, uma tradição em nome da qual as mulheres são banidas de casa durante o período menstrual e têm que se abrigar em cabanas rudimentares, sujeitas a condições desumanas. A lei que proíbe esta prática entra em vigor em Agosto deste ano.

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ZAP – Vestidas ou nuas, as Galdérias vão sair à rua no Porto

Vestidas ou nuas, as Galdérias vão sair à rua no Porto

23 Setembro, 2016 por 

Este sábado, um grupo de mulheres sai às ruas no Porto contra o que consideram ser uma “cultura de violação”. O lema da Marcha das Galdérias: “vestida ou nua, a rua também é tua”.

A SlutWalk chegou a Portugal em 2011, ano em que o movimento internacional nasceu no Canadá, na sequência das afirmações de um polícia que declarou que as mulheres deveriam evitar vestirem-se como vadias – sluts – para se prevenirem contra o assédio sexual.

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ZAP – Brasil vive “Primavera Feminista” contra projeto de lei do aborto

Brasil vive “Primavera Feminista” contra projeto de lei do aborto

13 Novembro, 2015 por 

Mulheres brasileiras manifestaram-se ontem, pela terceira vez em duas semanas, contra um projeto de lei que dificulta abortos por mulheres vítimas de violação, obrigando-as a registar queixa na esquadra para comprovar a violência sexual e poderem receber tratamento médico.

Organizações, movimentos de mulheres e simpatizantes da causa manifestaram-se esta quinta-feira em São Paulo e no Rio de Janeiro contra o polémico Projeto de Lei, repetindo as manifestações dos dias 28 e 30 de outubro que trouxeram o assunto para as capas da imprensa brasileira, que considera o movimento uma “Primavera Feminista“.

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Festival Feminista do Porto

Festival Feminista do Porto

De 1 a 31 de outubro de 2015

Outubro é o mês dos feminismos no Porto.

De 1 a 31 de outubro, o Festival Feminista traz à cidade mais de 50 eventos de mobilização e debate sobre questões de género e sociedade, das desigualdades de género ao trabalho sexual, passando pela violência e a gordofobia.

O mote é a passagem da Caravana Feminista – a 4ª ação internacional do movimento Marcha Mundial das Mulheres -, que estaciona no Porto nos dias 12 e 13 depois de uma travessia por 20 países da Europa que termina em Portugal.

Fiz parte da organização do Festival, na equipa de divulgação.

Blog do Festival Feminista do Porto

ZAP – Europeus ainda pensam que as mulheres não têm perfil para serem cientistas

Europeus ainda pensam que as mulheres não têm perfil para serem cientistas

25 Setembro, 2015 por 

Dois terços dos europeus ainda acham que as mulheres não têm as habilidades necessárias para chegarem a cargos científicos de alto nível, e 89% pensa mesmo que as mulheres não têm jeito para a Ciência.

Um inquérito a cinco mil pessoas acerca das suas perceções sobre os cientistas lança algumas luzes sobre as razões pelas quais vemos tão poucas mulheres na Ciência.

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