Público – A Europa que queremos

Projecto “A Europa que queremos”

Notícias e reportagens sobre a Conferência sobre o Futuro da Europa.

Multimédia – “A Europa que queremos”

7 de Maio de 2022, por Aline Flor e Tiago Lopes
No Dia da Europa, serão entregues ao Parlamento, Comissão e Conselho da União Europeia as propostas da Conferência sobre o Futuro da Europa. No coração deste grande projecto estiveram os Painéis de Cidadãos, que reuniram 800 participantes dos 27 Estados-membros. O que pedem estas pessoas?

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Análise – Mais cedo ou mais tarde, a agricultura terá de abraçar o Pacto Ecológico Europeu

23 de Maio de 2022, por Aline Flor
Abraçar as transformações necessárias para responder à crise climática sem perder a viabilidade económica — eis uma das grandes encruzilhadas da agricultura europeia ao olhar para o futuro, num momento em que se completam os 60 anos da Política Agrícola Comum (PAC), um dos instrumentos mais antigos e também mais dispendiosos do orçamento da União Europeia. Em 2023, depois de um período de transição de dois anos, entrará em vigor a nova PAC para 2021-2027, documento que atraiu muitas críticas, entre as quais a de que os objectivos ecológicos estavam a ser “impostos” ao mundo rural. Mas o que é, hoje, o nosso “mundo rural”? De quem falamos quando falamos em “agricultores”?

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Podcast P24 – O que falta à agricultura para abraçar o Pacto Ecológico Europeu? Talvez uma revolução

23 de Maio de 2022, por Aline Flor
Neste P24, falamos sobre a transição ecológica na agricultura, sob o olhar dos eurodeputados Isabel Carvalhais (PS), Álvaro Amaro (PSD) e Francisco Guerreiro (Os Verdes).

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Reportagem – Ser migrante ou refugiado é diferente, mas neste centro há uma “integração humanizada” para todos

25 de Abril de 2022, por Aline Flor (texto) e Nelson Garrido (fotografia)
O acolhimento de refugiados em Portugal, ainda que seja longe do ideal, tem vindo a ser alvo de escrutínio e de algumas melhorias na última década, à medida que os fluxos migratórios aumentaram expressivamente e o país foi recebendo a sua fatia atribuída pela UE. Agora, com um conflito às portas da União Europeia, as pessoas que abandonaram a Ucrânia encontraram um regime especial que tem permitido acolher o grande número de pessoas que chega.

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Análise – A urgência da autonomia estratégica em tempo de crise. “Tivemos todas as oportunidades para impedir isso”

11 de Abril de 2022, por Aline Flor
Há muito tempo que o termo “autonomia estratégica” tem espaço entre os assuntos na agenda europeia, mas entre uma pandemia que mudou o mundo, um palco instável na energia e nas cadeias de valor em geral, ameaças cada vez mais presentes a nível da cibersegurança e o regresso da guerra ao território europeu, a autonomia estratégica saltou para o topo das prioridades. Pandemia, guerras, uma panóplia de ameaças à nossa volta e também no mundo digital têm levantado a reflexão sobre como a União Europeia pode reforçar a sua autonomia estratégica numa economia globalizada.

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Reportagem – O que pedem os cidadãos que se unem nas megapetições europeias

31 de Janeiro de 2022, por Aline Flor
Já ouviu falar nas Iniciativas de Cidadania Europeia? Do RBI ao fim do comércio de barbatanas de tubarão, fomos saber o que pedem os cidadãos que se unem nestas megapetições e quais os desafios de recolher um milhão de assinaturas em torno de uma causa europeia.

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Público – “Mindjeris” guineenses no caminho para a transformação

“Mindjeris” guineenses no caminho para a transformação

5 de Fevereiro de 2022 por Aline Flor

O P2 acompanhou quatro declarações de abandono das práticas nefastas e conversou com mulheres e activistas em Bissau sobre o que mudou e o que falta mudar para acabar com a mutilação genital feminina e outras práticas contra meninas e mulheres.

O som dos batuques marca o ambiente de festa para receber os convidados. À nossa volta, um enxame de crianças vem espreitar a comitiva que chega. Ao fundo, dezenas de mulheres de sorriso no rosto envergam T-shirts com a mesma frase nas costas: “Os direitos humanos não têm fronteiras.”

Estamos no bairro de Bissaque, antigo bastião da mutilação genital feminina em Bissau, capital da Guiné-Bissau. Era aqui um dos principais lugares onde, todos os anos, dezenas de famílias levavam as suas meninas para o fanado, nome crioulo para o ritual de iniciação que também envolvia o corte dos genitais. Agora, no mesmo local onde há anos ficavam as barracas das fanatecas — as excisadoras que executam o corte —, entramos num campo de futebol. De um lado, uma lona diz: “Fanadu di mindjer i crime na Guiné-Bissau”; do outro: “A tua filha pode ser até Presidente da República se for dada oportunidade de ir à escola e de ter uma formação.”

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Público – Conferência sobre o Futuro da Europa

Projecto “A Europa que queremos”

Notícias e reportagens sobre a Conferência sobre o Futuro da Europa.

Multimédia – “A Europa que queremos”

7 de Maio de 2022, por Aline Flor (entrevistas) e Tiago Lopes (vídeo)
No Dia da Europa, serão entregues ao Parlamento, Comissão e Conselho da União Europeia as propostas da Conferência sobre o Futuro da Europa. No coração deste grande projecto estiveram os Painéis de Cidadãos, que reuniram 800 participantes dos 27 Estados-membros. O que pedem estas pessoas?

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As ideias dos cidadãos (e não só) que vão orientar o futuro da Europa

9 de Maio de 2022, por Aline Flor
A Conferência sobre o Futuro da Europa (CoFoE), que reuniu ideias de diversas fontes e debates a vários níveis sobre as políticas europeias, chega ao fim com um caderno de encargos recheado, que inclui até propostas para a revisão dos tratados. Leia algumas das propostas mais relevantes.

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Von der Leyen abre a porta à revisão dos tratados, Macron pede uma nova comunidade política europeia

9 de Maio de 2022, Rita Siza (Bruxelas) e Aline Flor (Estrasburgo)
Os líderes europeus que participaram na sessão de encerramento da Conferência sobre o Futuro da Europa, esta segunda-feira, em Estrasburgo, contrastaram o espectáculo de paz e democracia que decorreu no hemiciclo do Parlamento Europeu, com a manifestação de força e autocracia que o antecedeu, na parada militar do Dia da Vitória, em Moscovo — e reafirmaram a sua promessa de apoio à Ucrânia, um país invadido onde hoje, vincou o Presidente de França, Emmanuel Macron, “a liberdade e a esperança no futuro têm o rosto da Europa”.

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Reportagem – Habemus consensum na Conferência sobre o Futuro da Europa. Parlamento Europeu já prometeu processo para rever tratados

30 de Abril de 2022, por Aline Flor
A plenária da Conferência sobre o Futuro da Europa (CoFoE), uma ambiciosa iniciativa das instituições europeias para ouvir os cidadãos sobre as políticas europeias, aprovou este sábado as propostas trabalhadas, ao longo dos últimos meses, em uma série de eventos por toda a União. No documento final, ao longo de 49 propostas divididas por mais de 320 medidas concretas, pede-se uma UE mais verde, mais solidária, que coloque as pessoas no centro — em particular as mais vulneráveis — e seja mais coerente com os seus valores tanto nas suas decisões internas como externas. “Leiam as propostas bem e apliquem-nas, em prol do futuro da Europa. Nós acreditamos no futuro da Europa”, pediram os cidadãos europeus na última plenária da Conferência sobre o Futuro da Europa, uma iniciativa das três instituições europeias.

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Reportagem – Depois de furar a bolha de Bruxelas, os cidadãos não aceitam mais do mesmo

28 de Março de 2022, por Aline Flor
A Conferência sobre o Futuro da Europa entrou num sprint: resta pouco mais de um mês para transformar as 178 recomendações dos Painéis de Cidadãos em propostas mais robustas que serão incluídas no relatório a entregar às três instituições europeias na grande sessão de encerramento a 9 de Maio. “É possível fazer propostas se não pudermos mudar os tratados sobre competências partilhadas? [As instituições] estão preparadas para levar a cabo as nossas propostas de alteração dos tratados?” O tom assertivo das perguntas de Sebastián Guillén, espanhol, na plenária deste sábado da Conferência sobre o Futuro da Europa (CoFoE), deixa claro que os cidadãos europeus estão a levar a sério a missão que lhes foi conferida: elaborar propostas sobre os caminhos da União Europeia. E não se contentam com respostas vagas: “Se não tivermos estas respostas, não conseguimos fazer este tipo de recomendação.”

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Podcast P24 – Inês Silva é uma das “embaixadoras” dos cidadãos na Conferência sobre o Futuro da Europa. Para que serve este enorme processo?

15 de Março de 2022, por Aline Flor
Inês Silva, de 24 anos, é uma das 800 pessoas escolhidas aleatoriamente para participar nos painéis de cidadãos da Conferência sobre o Futuro da Europa (CoFoE), um enorme exercício de cidadania participativa que culminará num conjunto de propostas apresentadas às instituições europeias em áreas como o clima, a economia, a acção externa e migrações e os próprios mecanismos de democracia europeia. Neste P24, gravado no Parlamento Europeu em Estrasburgo, a jornalista Aline Flor entrevista Inês Silva para saber como tem corrido este processo

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Análise – Os cidadãos estão prontos para participar. Estarão os políticos prontos para ouvir?

17 de Janeiro de 2022, por Aline Flor
“É um momento histórico”, ouve-se em toda a parte quando o tema é a grande experiência democrática da Conferência sobre o Futuro da Europa (CoFoE, para os mais próximos), uma iniciativa co-liderada pelas três instituições europeias — Parlamento Europeu, Comissão Europeia e Conselho da UE — para traçar caminhos e soluções para os problemas complexos que a União enfrenta. A Conferência baseia-se em três pilares, os “três P”: uma plataforma digital multilingue, que reúne ideias e eventos por toda a UE; os painéis de cidadãos, divididos em quatro grandes temas; e o plenário, uma assembleia mista que junta cidadãos, governantes e outros representantes dos Estados-membros europeus. Não há uma fórmula mágica para resolver os desencontros entre cidadãos e instituições europeias, mas a Conferência sobre o Futuro da Europa está a testar uma experiência inédita de democracia deliberativa.

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Reportagem – Conferência sobre o Futuro da Europa: “Vai ser interessante passar a mensagem às pessoas que realmente tomam as acções”

23 de Outubro de 2021, por Aline Flor
A “CoFoE” é uma grande empreitada que tem entusiasmado dirigentes europeus, mas tem demorado a “furar a bolha” e a entrar no radar de cidadãos comuns. Os participantes nos painéis de cidadãos parecem convencidos: dizem-se surpresos com o processo “muito democrático” dos painéis.

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Podcast Agenda Europa – Como será a Conferência sobre o Futuro da Europa?

9 de Maio de 2021, por Aline Flor
Este domingo, o Dia da Europa é marcado pela cerimónia inaugural da Conferência sobre o Futuro da Europa, em Estrasburgo, uma grande iniciativa para reflectir sobre o rumo do projecto europeu. Neste episódio especial do Agenda Europa, conversamos com o eurodeputado Pedro Silva Pereira (PS), um dos vice-presidentes do Parlamento Europeu, sobre este processo de reflexão sobre os caminhos da Europa. Há ainda espaço para ouvir a eurodeputada espanhola Iratxe García Pérez, líder do grupo dos Socialistas e Democratas, que é a única mulher entre os representantes do Parlamento Europeu no conselho executivo da Conferência sobre o Futuro da Europa.

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Público – “Nô mindjeris”: retratos de uma ponte entre Portugal e a Guiné-Bissau para combater a excisão

“Nô mindjeris”: retratos de uma ponte entre Portugal e a Guiné-Bissau para combater a excisão

26 de Janeiro de 2021 por Aline Flor

Projecto de cooperação apoia trabalho contra mutilação genital feminina e práticas nefastas tradicionais na Guiné-Bissau. Em Portugal, ainda “há muitas mulheres que continuam sozinhas”.

Antes daquele dia, Aisha, como lhe chamaremos, não se sentia “à vontade para falar e nem tão pouco esperava ouvir alguém a falar assim na primeira pessoa”. “A minha primeira experiência foi um bocadinho chocante”, recorda. Naquela palestra, Fatumata Djau Baldé, presidente do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradicionais Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança da Guiné-Bissau (CNAPN), “explicou tudo” o que lhe aconteceu desde que foi submetida ao fanado, o ritual de mutilação genital feminina (MGF) feito por algumas etnias no país. “Fiquei chocada, chorei bastante… Foi a primeira vez”, explica Aisha. “Depois comecei a conhecer mais pessoas e a falar e agora já falo naturalmente, sem aquele choque, aquela dor que eu sentia.”

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Imagem: Instrumentos de corte usado nas cerimónias “fanadu di mindjer”. Tiago Lopes Fernandez (2018)

Público – Mutilação genital feminina julgada em Portugal pela primeira vez

Mutilação genital feminina julgada em Portugal pela primeira vez

13 de Novembro de 2020 por Aline FlorMiguel Feraso Cabral (Ilustração)

Em cinco anos desde a criação da lei, é o primeiro caso que chega a tribunal. Processos arquivados pelo Ministério Público mostram prontidão para proteger crianças e prevenir casos, mas também a dificuldade de provar o crime.

Cinco anos depois de ter sido criado o crime de mutilação genital feminina (MGF) em Portugal, começa hoje a ser julgado no tribunal de Sintra o primeiro caso em que uma jovem mãe é acusada de praticar ou autorizar esta prática sobre a filha bebé, que tinha cerca de um ano e meio quando ambas estiveram na Guiné-Bissau. A mãe, que vive em Portugal desde criança, afirmou sempre que não cortou nem deixou que ninguém tocasse na bebé para a submeter à prática. Este crime é punido com uma pena de prisão que pode oscilar entre os dois e os dez anos.

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Como chegar às vítimas de mutilação genital? Criando uma rede para cuidar de meninas e mulheres

13 de Novembro de 2020 por Aline Flor

Mais de metade dos inquéritos abertos em Portugal por eventual crime de MGF tiveram origem na Amadora, onde uma comunidade de saúde atenta confirma os resultados do projecto Práticas Saudáveis.

Estima-se que vivam em Portugal mais de 6500 mulheres submetidas à mutilação genital feminina (MGF) e que cerca de 1800 raparigas com menos de 15 anos estejam em risco de o ser. Destas meninas e mulheres, conhecemos apenas cerca de 500, a maioria das quais sinalizadas décadas depois do corte, graças a um esforço da área da saúde para identificar sobreviventes desta prática. Quase metade destes casos foram registados apenas nos últimos dois anos, em grande parte em resultado do projecto Práticas Saudáveis, que actua em dez territórios na região de Lisboa e Vale do Tejo para formar profissionais de saúde e capacitar as equipas para actuar em conjunto com escolas e associações comunitárias.

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Estes trabalhos foram reconhecidos com um Prémio Os Direitos da Criança em Notícia 2021, na categoria Imprensa (ex-aequo com Vânia Maia, da revista Visão). Atribuído pelo Fórum sobre os Direitos das Crianças e dos Jovens.

O prémio foi atribuído a um conjunto de trabalhos sobre mutilação genital feminina em Portugal publicados no Público em Julho e Novembro de 2020: As jovens das comunidades afectadas pela mutilação genital feminina estão a tomar a palavra; Mutilação genital feminina julgada em Portugal pela primeira vez​; Como chegar às vítimas de mutilação genital? Criando uma rede para cuidar de meninas e mulheres.

Público – “Ah, mas você não é brasileira?” Estereótipos marcam o dia-a-dia das brasileiras em Portugal

“Ah, mas você não é brasileira?” Estereótipos marcam o dia-a-dia das brasileiras em Portugal

8 de Agosto de 2020 por Aline Flor

Desde meados de Julho, dezenas de histórias de preconceito, assédio e discriminação têm sido partilhadas na página “Brasileiras não se calam”. Com mais de 15 mil seguidores, o grupo já deu origem a uma rede de entreajuda para brasileiras que vivem em Portugal.

O podcast Do Género ouviu uma das autoras da página, que prefere identificar-se apenas como Maria e fala sobre as discriminações e desconfortos por que passam as mulheres brasileiras em Portugal e pelo mundo.

Ouvimos ainda Mariana Selister Gomes, docente na Universidade Federal de Santa Maria e doutorada pelo ISCTE com uma tese sobre o imaginário da mulher brasileira em Portugal, Camila Craveiro Queiroz, professora do Centro Universitário de Goiás​ e doutorada pela Universidade do Minho com uma tese sobre as vivências de migrantes brasileiras com mais de 50 anos, e Maria Magdala, presidente da associação Comunidária.

Subscreva o programa Do Género no iTunesSoundCloudSpotify ou outras aplicações para podcasts.

Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts.​

Ouça o podcast

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“Brasileiras não se calam” e estão cansadas de assédio e preconceito

7 de Agosto de 2020 por Aline Flor

Desde meados de Julho, dezenas de histórias de preconceito, assédio e discriminação têm sido partilhadas na conta “Brasileiras não se calam” no Instagram. Com mais de 15 mil seguidores, o grupo já deu origem a uma rede de entreajuda para brasileiras que vivem em Portugal.

Moro há 17 anos em Portugal e até hoje ouço piadas diariamente. Nada mudou. Quando eu tinha 11 anos fui chamada puta pela primeira vez por um colega da escola. Onze anos. Hoje estou com 27 e ainda ouço os comentários do tipo.” O desabafo não tem assinatura, mas não é preciso ir longe para encontrar experiências semelhantes: pergunta a qualquer amiga brasileira.

Leia no P3/Público

Público – Quem cuida das vítimas de violação?

Hospitais pouco preparados para lidar com homens vítimas de violência sexual

9 de Fevereiro de 2020 por Aline Flor

Amadora-Sintra falhou no atendimento a homem vítima de violação. Queixa foi arquivada porque não havia protocolo para homens, apenas para mulheres. Hospital já reviu protocolo, mas DGS não confirma se situação ocorre noutros hospitais.

Em Maio de 2019, Diogo procurou a polícia para denunciar uma violação de que tinha sido vítima dois dias antes. Foi logo encaminhado para as urgências do Hospital Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), mas não houve urgência no tratamento ou na recolha de prova e o jovem acabou por ficar seis horas à espera. Foi atendido já de madrugada. No consultório, Diogo, que tem um défice cognitivo, não foi sequer ouvido pela médica, que se dirigiu sempre apenas à mãe. Não lhe foi logo proposta a profilaxia pós-exposição, que impede a transmissão de infecções como o VIH. Sendo tão tarde, o gabinete da Medicina Legal — que tinha estado a postos para atender Diogo, depois de ter sido alertada pela polícia — já só o veio a atender de manhã.

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Quem cuida das vítimas de violação?

9 de Fevereiro de 2020 por Aline Flor

Orientações da tutela não poupam vítimas de trauma das longas esperas nas urgências. Encaminhamento para apoio psicológico também está fora dos passos recomendados, sendo garantido por projectos especializados fora do SNS.

Em Setembro do ano passado, Jorge foi coagido a ter relações sexuais com uma mulher desconhecida, que o terá abordado numa discoteca em Coimbra num momento em que, depois de consumir álcool em excesso, não se encontrava capaz de dar o consentimento. “O estado de embriaguez no qual me encontrava não me permite recordar todos os momentos da noite”, relata ao PÚBLICO, num contacto por e-mail. Lembra-se de “apenas alguns episódios”, diz, entre os quais “alguns do momento do abuso”. No dia seguinte, ao acordar, o que o perturbava era “a dúvida e suspeita muito grandes de não ter sido usada protecção”.

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Público – Prevenção da transmissão do VIH na gravidez é uma “história de sucesso”

Prevenção da transmissão do VIH na gravidez é uma “história de sucesso”

1 de Dezembro de 2019 por Aline Flor

Há mais de duas décadas que se sabe como prevenir a transmissão. Nos últimos dez anos, nasceram pelo menos 2378 bebés em Portugal filhos de mulheres infectadas com o VIH.

Gisela já começou a sentir o bebé a mexer. “Até demais”, brinca. Com 21 semanas de gravidez, as análises estão bem, não tem perdas de sangue, continua a tomar ácido fólico e ferro. Daqui a algumas semanas seguem-se as análises à glicose, para despiste de diabetes. “Carga viral indetectável”, nota a médica, olhando para o registo. “Tem feito a medicação toda certinha, todos os dias?” A resposta é positiva. “Vamos então ouvir o bebé e medir a barriga”.

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Público – “És um gender?” O impacto das narrativas anti-género pela Europa

“És um gender?” O impacto das narrativas anti-género pela Europa

2 de Setembro de 2019 por Aline Flor

No episódio desta semana do programa Do Género, falamos sobre o impacto dos movimentos contra a chamada “ideologia de género”, que estão a ganhar força na União Europeia e ameaçam os direitos das pessoas LGBTI, saúde sexual e reprodutiva das mulheres e estudos de género.

Ouça as histórias dos activistas búlgaros Monika Pisankaneva, fundadora do Bilitis Resource Center (a associação LGBTI há mais tempo a actuar no país) e Dimitar Pizhev, da Glas Foundation; o jornalista Roman Imielski, editor da secção Nacional do jornal polaco Gazeta Wyborcza, e a croata Natasa Biselic, especialista em saúde e direitos sexuais e reprodutivos do CESI – Centro para Educação, Aconselhamento e Investigação.

Leia também a reportagem sobre como nasceu esta onda anti-​“ideologia de género” e como está a tornar-se mainstream em vários países da União Europeia.

Subscreva o programa Do Género no iTunesSoundCloudSpotify ou nas aplicações para podcasts. Descubra outros programas em publico.pt/podcasts.​

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Público – Dos Prides às marchas críticas: O Orgulho também se vende?

Dos Prides às marchas críticas: O Orgulho também se vende?

21 de Julho de 2019 por Aline Flor

No ano em que Lisboa abriu a marcha LGBT ao apoio de empresas, o Orgulho do Porto saiu à rua sob o lema: “O Porto não se rende e o Orgulho não se vende.” Noutros países, há cada vez mais marchas alternativas. Animar ou libertar a malta — o que faz falta?

No ano em que se completam 50 anos desde a revolta de Stonewall, a marcha do Orgulho LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, intersexo e outras identidades) de Nova Iorque dividiu-se. De um lado manteve-se a gigantesca NYC Pride March, organizada pela Heritage of Pride; do outro, a nova Queer Liberation March, uma proposta do colectivo Reclaim Pride Coalition, que seguiu o percurso original de 1970. No ano em que a cidade recebe também os eventos do Worldpride, esta coligação de associações acusa a Pride de se ter tornado uma montra publicitária para grandes marcas, deixando de espelhar as reivindicações mais urgentes da população LGBT e desviando-se da mensagem original altamente politizada dos primeiros protestos, em 1969.

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